LILITH, A LUA NEGRA
Como a intenção do Ponte Oculta é apresentar os
assuntos ocultos e opiniões de estudiosos, apresento texto de Marcelo Del
Debbio, astrólogo, a respeito da Lua Negra, Lilith:
“No mapa astrológico, a Lua Negra, ou Lilith, simboliza um lado secreto e obscuro de nossa personalidade. Identificar e trazer à luz esses aspectos é fundamental para cultivar o autoconhecimento e alcançar a paz de espírito.
A influência da Lua sobre a vida e os traços de caráter é bem conhecida, mas a da Lua Negra, também chamada de Lilith, nem tanto. Na astrologia, da mesma forma que a Lua simboliza o inconsciente e as emoções, Lilith identifica uma porção mais profunda e desconhecida da alma, como um lugar inexplorado na face escura de nosso satélite.”
Em 1898, um astrônomo alemão chamado Georg Waltermath afirmou ter descoberto através de cálculos a existência de uma segunda lua orbitando ao redor da Terra, dentro de um sistema composto de pequenas micro-luas. Em 1918, um astrólogo chamado Walter Gornold (conhecido como Sephariel) publicou um livro onde afirmava que esta “segunda lua” era toda negra, por isso não poderia ser visível da Terra porque ficava contra o fundo escuro das estrelas, mas que ele havia visto esta lua em certas observações contra o sol. Nomeou esta lua de “lilith” e afirmava que, por ela ser totalmente escura, representaria o “lado obscuro” da psique das pessoas, sendo de vital importância que todo mundo comprasse o livro dele para aprender mais sobre este astro que até então “não havia sido detectado”.
Para uma primeira análise minimamente cética, cheira a bullshit. Quer dizer que os sacerdotes, astrólogos, astrônomos, magos, babilônicos, reptilianos, maias, incas, chineses, faraós, alquimistas e toda sorte de ocultistas e cientistas do planeta inteiro haviam observado os céus por mais de 7.000 anos e somente um “astrólogo” (entre aspas) não apenas havia detectado, mas também rapidamente já tinha toda uma explicação publicada a respeito das propriedades astrológicas deste astro?
Não seria minimamente esperado que os chineses, os egípcios, os maias ou os babilônicos tivessem feito pelo menos uma anotação sobre este “tão importante” astro?
As teorias de Gornold foram desprezadas pelos ocultistas sérios. Não há livros da Golden Dawn, Astrum Argentum ou Ordo Templi Orientis que a mencionem. O assunto parecia ter morrido.
Em 1930, o matemático Maurice Rougié introduziu o conceito de “Apocentro” (Ponto de uma órbita mais afastado do centro de atração, como o segundo ponto para se traçar uma elipse) e o calculou para a lua. Por influência de seus colegas astrólogos, acabou nomeando este ponto de “lilith”. Grande erro.
“No mapa astrológico, a Lua Negra, ou Lilith, simboliza um lado secreto e obscuro de nossa personalidade. Identificar e trazer à luz esses aspectos é fundamental para cultivar o autoconhecimento e alcançar a paz de espírito.
A influência da Lua sobre a vida e os traços de caráter é bem conhecida, mas a da Lua Negra, também chamada de Lilith, nem tanto. Na astrologia, da mesma forma que a Lua simboliza o inconsciente e as emoções, Lilith identifica uma porção mais profunda e desconhecida da alma, como um lugar inexplorado na face escura de nosso satélite.”
Em 1898, um astrônomo alemão chamado Georg Waltermath afirmou ter descoberto através de cálculos a existência de uma segunda lua orbitando ao redor da Terra, dentro de um sistema composto de pequenas micro-luas. Em 1918, um astrólogo chamado Walter Gornold (conhecido como Sephariel) publicou um livro onde afirmava que esta “segunda lua” era toda negra, por isso não poderia ser visível da Terra porque ficava contra o fundo escuro das estrelas, mas que ele havia visto esta lua em certas observações contra o sol. Nomeou esta lua de “lilith” e afirmava que, por ela ser totalmente escura, representaria o “lado obscuro” da psique das pessoas, sendo de vital importância que todo mundo comprasse o livro dele para aprender mais sobre este astro que até então “não havia sido detectado”.
Para uma primeira análise minimamente cética, cheira a bullshit. Quer dizer que os sacerdotes, astrólogos, astrônomos, magos, babilônicos, reptilianos, maias, incas, chineses, faraós, alquimistas e toda sorte de ocultistas e cientistas do planeta inteiro haviam observado os céus por mais de 7.000 anos e somente um “astrólogo” (entre aspas) não apenas havia detectado, mas também rapidamente já tinha toda uma explicação publicada a respeito das propriedades astrológicas deste astro?
Não seria minimamente esperado que os chineses, os egípcios, os maias ou os babilônicos tivessem feito pelo menos uma anotação sobre este “tão importante” astro?
As teorias de Gornold foram desprezadas pelos ocultistas sérios. Não há livros da Golden Dawn, Astrum Argentum ou Ordo Templi Orientis que a mencionem. O assunto parecia ter morrido.
Em 1930, o matemático Maurice Rougié introduziu o conceito de “Apocentro” (Ponto de uma órbita mais afastado do centro de atração, como o segundo ponto para se traçar uma elipse) e o calculou para a lua. Por influência de seus colegas astrólogos, acabou nomeando este ponto de “lilith”. Grande erro.
Em 1937, aproveitando a carona, a astróloga Ivy
Goldstein-Jacobson publicou um livro chamado “The Dark Moon Lilith in
Astrology” onde não apenas falava novamente sobre a tal lua, mas calculava as
efemérides para ela, com base nos cálculos matemáticos sobre a lua.
Para complicar, os “astrólogos” franceses disseram que a “Lune noire” deveria
ser, na verdade, o apogeu da lua, não o apocentro, já que o outro centro da
elipse deveria se chamar “terra negra” e não “lua negra” (o que faz muito
sentido). Há uma briga até hoje a respeito do assunto entre os esquisotéricos
franceses.
Na década de 70, outros vendedores de livros de “astrologia” resolveram nomear
o asteróide 388-Charybdis de “lillith”, criando um terceiro ponto no céu com o
mesmo nome. Alguns voltaram a usar o nome Charybdis, outros brigam pelo nome
“lilith”. O fato é que todo “desinformado” astrólogo quer “descobrir” alguma
coisa e ficar rico e famoso vendendo livro para os que buscam verdades, mas que
ainda não as compreendem.
Nenhum astrólogo que seja respeitável usa Lilith em seus mapas. Se você
procurar pelos sites e autores sérios (www.alabe.com www.astro.com world of
wisdom, Dane Rudhyar, Liz Greene e outros, não vai achar nenhuma leitura para
Lilith).
Porque “lilith” é a fêmea sensual, a loba escondida em toda mulher, a dama da
noite, a expressão sensual da lua... Ponto final."
Lilith, Lua Negra nas Casas do Mapa Natal
De acordo com diversos
estudos a Lilith pode corresponder na carta astrológica aos seguintes
elementos:
1. Ponto de frustração – A casa ou signo onde ela se
encontra corresponderia à área de experiência, casa ou arquétipo, signo, em
relação a qual o indivíduo viveria com um sentimento inexplicável e constante
de expectativa e insatisfação, mesmo que a experiência simbolizada por aquela
casa ou signo esteja sendo realizada satisfatoriamente.
2. Fator de inversão – As experiências representadas pelo
signo ou casa poderiam acontecer de maneira inversa ao esperado, reforçando a
frustração e a insatisfação quanto àquela experiência.
3. Canal de contato com outras
dimensões – Diferentemente de
Netuno, que representa o canal de acesso ao inconsciente coletivo, a Lilith
representaria um ponto de acesso ao “inconsciente do inconsciente coletivo”.
Pode simbolizar também qualidades mediúnicas poderosas.
4. Mecanismo de evasão ou recepção de
energia vital – Pela
manifestação da Lilith através da configuração astrológica da qual participa,
casa, signo e aspectos, o indivíduo pode liberar sem intenção grande quantidade
de energia vital, esvaindo-se, muitas vezes, completamente. Da mesma forma ele
pode absorver essa mesma vitalidade de outras pessoas.
5. Ponto de acumulação das energias
não utilizadas – A
experiência existencial e os princípios astrológicos dizem que a natureza
oferece as oportunidades e ferramentas para que o indivíduo se realize e cumpra
o seu projeto. Quando ele não aproveita essas oportunidades por qualquer
motivo, a energia disponível e não usada se transforma numa espécie de lastro,
o qual se incorpora ao sujeito, incomodando e atrasando a sua realização. É
mais um fator frustrante, é tudo aquilo que deixamos de fazer e que deveríamos
ter feito.
6. Conteúdos infantis não
elaborados – A Lua representa
no mapa natal os conteúdos primários instintivos, inclusive a experiência existencial
da infância. A Lua Negra representaria as experiências infantis não vividas.
Isso possibilita manifestações e reações bastante infantis onde ela se
encontra, geralmente de forma compulsiva e exagerada.
7. Ponto de carisma – As configurações das quais a Lilith
participa no mapa são muitas vezes caracterizadas por um forte magnetismo ou
carisma, especialmente quando o indivíduo atua harmoniosamente nas questões
envolvidas. Talvez esse fenômeno esteja relacionado com o tipo de acesso a
libido.
Existem inúmeras outras
conjecturas relativas ao papel astrológico da Lilith, mas as citadas
anteriormente são as mais facilmente observáveis no cotidiano de cada um de
nós. São meros pontos de partida para um estudo mais aprofundado, para novas
descobertas, a questão está em aberto a quem estiver disposta a encará-la.
Referências ao modelo
cármico atribuídas a Lilith por alguns estudiosos, exigem um trabalho mais
extenso e especializado, além de ser pouco funcional, estacionando na maioria
das vezes no campo da especulação metafísica.
Um exemplo de Lilith (Lua Negra) no Mapa Astral
Lilith em Leão e na Casa 9: Por estar no signo ode Leão manifestará uma forma dramática a necessidade compulsiva de impor sua vontade sobre os demais. A
presença da Lilith nesta área referem-se principalmente às viagens ao exterior
e aos estudos superiores. A pessoa pode ver frustradas suas expectativas de
fazer uma grande viagem ou concluir um curso universitário. Mas o conhecimento
obtido por caminhos informais é frequente e as viagens incomuns - astrais, ou
por efeito de drogas, etc. - podem compensar seu ideal de expansão. Existe uma
forte inclinação para a busca filosófica sem fim. Essa posição da Lilith
favorece o acesso a um significativo conhecimento das misteriosas leis que
regem a vida e a natureza.
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